sexta-feira, 12 de julho de 2013

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Compatibilidade de Espécies


Compatibilidade de Espécies 

Os peixes são animais incríveis e complexos. Não existe essa história de peixinhos coloridos felizes e juntinhos. Infelizmente, por muitos não entenderem isso, alguns aquários são completamente mal organizados e montados. Ter um aquário não é apenas ter um recipiente cheio de coisinhas coloridas nadando pra lá e pra cá, essa não é a essência do aquarismo e tampouco a sua íntegra.
Um aquário é uma tentativa de proporcionar a esses incríveis animais que são os peixes, as melhores condições de vida o possível. Algo que quebra essa idéia é a total incompatibilidade de espécies. A natureza é algo incrível, e ela não mantém espécies separadas à toa. Peixes asiáticos não devem ser colocados com peixes americanos ou africanos. Em alguns casos, a mistura pode ser feita, mas na maioria dos casos, essa mistura faz com que os aquários sejam “rings” de brigas ou com que os peixes fiquem completamente apáticos e acabem morrendo.
Basicamente, os peixes são divididos nas seguintes categorias (principais) :


Poeciclídeos

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Os Poeciclídeos são peixes mais apropriados para iniciantes, dependendo das condições, se dão bem em aquários comunitários, podendo até servir no combate de algas em aquários(molinésias) e de larvas de mosquito em lagos(qualquer poeciclídeo). Esses peixes podem apresentar disputas , principalmente machos, mas, se as condições de tamanho, pH, etc forem atendidas, são peixes simples de se cuidar e muito recomendados a iniciantes.

Anabantídeos

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Esta família de peixes se propagou no aquarismo devido ao “sucesso” do peixe betta (Betta splendens) entre os iniciantes. Porém, a família abrange muitos outros peixes além do conhecido betta. Entre os anabantídeos estão os : tricogasters, colisas, gouramis entre outros. Esses peixes já são mais complicados em relação à interação com outras espécies. Por serem peixes basicamente agressivos, peixes muito lentos ou “cutucadores” não são boas companhias. Com esses peixes, o tamanho do aquário é algo fundamental para o sucesso. Lembrando também que a maioria doa anabantídeos são asiáticos, não devendo ser misturados com americanos ou africanos.

Ciprinídeos

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Esta provavelmente é a família mais conhecida de peixes no aquarismo. Afinal, é nela que está o nosso querido e sofredor peixinho dourado. Essa família se divide basicamente nos seguintes grupos : barbos, danios, rásboras, “tubarões”, e peixes de água fria. Apesar de pertencerem à mesma família, esses peixes tem características bem diferentes entre si, por isso, é interessante analisarmos cada uma delas.
-Barbos : peixes ligeiros e cutucadores, devem ser mantidos em cardumes para que os outros peixes sejam menos incomodados, além disso, aquários pequenos são como um castigo para esses peixes ariscos. Para sua companhia em aquários, são recomendados peixes também ariscos e com faixa de pH semelhante, visto que entre os barbos, esse faixa varia .
-Danios : nessa aba da família, se encontra o “paulistinha”, um pexe muito usado no aquarismo. Os danios são extremamente pacíficos e ariscos. Devem ser mantidos em espaços grandes, pois gostam de correr por todo o lado. Para sua companhia, peixes rápidos e não muito maiores que eles.
-Rásboras: muito apreciadas quando estão em cardumes densos. Basicamente, são dóceis e não implicam com outros peixes(desde que se use o bom senso). Para dividir o ambiente com rásboras, são ideais peixes também cardumeiros e não muito lerdos.
-Tubarões : aqui são encontrados os lábeos, os comedores de algas e o bala-shark. Esses peixes normalmente não toleram outro indivíduo da mesma espécie ou até do mesmo ramo(ex: labeo bicolor e labeo frenatus). São peixes muito bonitos e crescem bem. Alguns são bons no combate às algas. Para comunitários, são ideais peixes mais rápidos. Lembrando que no caso dos comedores de algas, os peixes que possuem mucos não devem ser misturados.
-Peixes de água fria : são peixes pacíficos e “bobos”. Ideais para lagos, esses peixes são erroneamente colocados em aquários, onde são confinados a uma vida desconfortável e curta. Por crescerem muito, lagos são a melhor opção, a não ser que o aquário seja grande o suficiente. Em geral, não é bom coloca-los com muitos peixes. Basicamente se dão bem entre si, tolerando peixes limpadores e poeciclídeos. Esses peixes não brigam, porém, não reagem a nada que é feito com eles.

Caracídeos

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Esta é uma família muito interesante,pois dentro dela estão os lindos e temperamentais “tetras”. Os peixes dessa família são, em geral, cardumeiros e relativamente pacíficos(novamente, levo em conta o bom senso na escolha de companheiros). Dentro do grupo dos caracídeos, estão os seguintes tipos de peixe : tetras, pacus e peixes-lápis. Segue uma breve descrição de cada um deles:
-Pacus : peixes que atingem um tamanho grande, apenas alguns tipos devem ser colocados em aquários. Dentro do grupo dos pacus estão também as piranhas, peixes conhecidos pela voracidade em devorar carne. Os pacus grandes (tambaqui, tambacu, etc) são peixes que devem ser criados em lagos grandes, pois eles atingem tamanhos muito além do que uma aquário normal comporta. Os pacus pequenos/médios (prateado, cadete, etc) podem ser mantidos tanto em aquários como em lagos, dependendo do tamanho do ambiente. As piranhas devem ser mantidas em cardumes da mesma espécie, pois elas são carnívoras e devoram qualquer outro peixe.
-Peixes-lápis : geralmente coloridos e cardumeiros. Devem ser mantidos com peixes que não os incomodem frequentemente, além disso, peixes muito grandes ou lentos não são recomendados.
-Tetras : estes peixes são incríveis. Cada um dos tetras tem uma beleza única e nova. São peixes cardumeiros e, às vezes, cutucadores. Alguns se sentem muito melhor em aquários plantados (ex: neon, matogrosso, etc). Para acompanha-los, o ideal são peixes normalmente do mesmo tamanho ou um pouco maiores mas que não os incomodem. É bom lembrar também que nem todos os tetras são compatíveis entre si.


Cobitídeos

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A famíia das bótias. Esses peixes são considerados por alguns como grandes coridoras. As bótias são peixes ariscos e coloridos. Apreciam muito a presença de tocas e locais escondidos. Algumas gostam de estar em cardumes densos. É bom lembrar que as bótias em geral são muito sensíveis às mudanças de temperatura. Esses peixes são, geralmente, pacíficos com outras espécies, porém, não gostam de ser cutucados ou incomodados. Também é bom ressaltar que bótias não combinam com aquários plantados, pois elas podem “desplantar” tudo rapidamente. As mais conhecidas são as bótias palhaço e YoYo.

Coridoras

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As coridoras são peixes muito explorados. Alguns vêem esses peixes apenas como faxineiros insignificantes. Porém, esses peixes devem ser tratados da mesma maneira que qualquer outro peixe. As coridoras são, geralmente, cardumeiras. Algumas só saem à noite, por isso, é bom que o aquário tenha muitos buracos e tocas. Esse peixe pode ser posto com praticamente todos os tipos de peixes, exeto os carnívoros, os africanos ou os muito grandes. Um aspecto importante é que os cardumes são específicos, por exemplo: uma coridora albina não anda em cardume com coridoras sterbai e vice-versa.
É interessante lembrar também que esses peixes possuem ferrão em suas nadadeiras, por isso, é bom não manuseá-las sem o auxilio de uma rede.

Cascudos

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Peixes vulgarmente conhecidos como “limpa-vidro”. Esses peixes são interessantes e necessitam de um bom espaço para poderem viver confortavelmente. Gostam de tocas, troncos e pedras no aquário. É bom lembrar que apesar de comerem algas, necessitam de comida especifica. Para sua companhia, a maioria das peixes são colocados sem problema, com exceção de carnívoros e africanos. Alguns tem hábito carnívoro, e isso deve ser um fator na escolha de companheiros.

Killifishes

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Peixes com cores exuberantes, muito apreciados pelos aquaristas. Em geral, são fáceis de se manter. A forma de criação mais usada é com um aquário para reprodução(um macho para uma ou duas fêmeas), porém, na natureza, convivem bem com outras espécies de peixes. Em aquários comunitários, convivem bem, desde que com parceiros amigáveis que não os incomodem, porém, quando estão em um aquário só seu, suas cores ficam mais vívidas.

Melanotaenias

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As melanotaenias são peixes coloridos, ativos e cardumeiros. Apreciam a convivência em grandes cardumes, além de não incomodarem outros peixes. Aquários com plantas também são apreciados. Esses peixes são muito pacíficos, e isso deve ser notado na escolha de outros peixes caso o aquário seja comunitário. Peixes muito cutucadores podem fazer com que elas percam a cor e fiquem apáticas. Parceiros ideais são peixes ativos e que não incomodem outros peixes.


Ciclídeos Mbuna do lago Malawi

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Os mais conhecidos ciclídeos do lago Malawi são os mbuna. A maioria é encontrada na costa, principalmente nas rochas. O comportamento agressivo e as cores vibrantes(principalmente nos machos) são marcas indispensáveis da espécie. Por serem territoriais, na natureza, alguns machs permanecem no mesmo local por anos.
Em aquários, esses peixes não devem ser misturados com nenhum outro por vários motivos, tais como : qualidade da água, agressividade, especificidade do local onde vivem, entre outros. Esses e outros fatores tornam os mbunas peixes peculiares, bem como os outros ciclídeos africanos.
O aquário pra mbunas deve ter abundante pedragismo, com muitas tocas e esconderígios. Para substrato, quase sempre usa-se cascalho fino(como areia).
O aquário deve ser espaçoso para manter os peixes em questão, aquários apertados não dão certo para mbunas. Para conviver com esses peixes, não é recomendado nenhum outro tipo. Além disso, deve-se colocar apenas um macho de cada espécie no aquário, sendo um macho para cada 2-5 femeas, nem machos de outras espécies com coloração parecida são aceitos.

Ciclídeos Haps do lago Malawi

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Os haps vivem afastados da costa e também próximos da mesma, porém, em áreas abertas e possuem algumas características interessantes, a principal é o fato de apreciarem cardumes(mesmo de diversas espécies). Apesar de apreciarem a vida em cardumes, isso não os torna dóceis. Os haps são extremamente territorialistas, e podem inclusive comer indivíduos muito pequenos. Alguns haps podem atingir mais de 30cm, por isso, um aquário para haps deve ser bem espaçoso e deve possuir bastante espaço aberto para nado livre. Os machos não toleram outros de mesma espécie e nem de outra espécie com cor parecida, além disso, recomenda-se entre 2 e 5 fêmeas por macho.Como companhia, não é recomendado nenhum outro tipo de peixe, pois este tipo de ciclídeo é muito agressivo.

Ciclídeos do lago Tanganyika

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Os ciclídeos desse lago são chamados de “tangs”, esse nome deriva do nome do lago. Esse lago possui muitas espécies de peixes, e nem todos podem ser colocados juntos. As espécies do mesmo, basicamente, dividem-se pela zona do lago onde vivem. Existem os tangs das zonas areosas e os tangs das zonas rochosas além dos que vivem nas duas zonas (ex: frontosa).
Como todos os ciclídeos africanos, são extremamente territorialistas e agressivos. Para criá-los, é necessário um aquário de grande porte, com pedras e tocas. Sua agressividade é basicamente entre machos da mesma espécie e entre outros tipos de peixes, após formarem uma hierarquia, as disputas se amenizam, por isso, não é recomendado mistura-los com outros tipos de peixe

Ciclídeos do lago Vitória

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Os ciclídeos desse lago são agressivos como todos os outros africanos, e isso torna desses peixes habitantes exclusivos de seus aquários. Por seus parâmetros adversos e comportamente intrigante, esses peixes devem ser mantidos sem nenhum outro tipo de peixe no aquário. O aquário deve ter rochas, tocas e também algumas zonas areosas.

Ciclídeos anões sul-americanos (apistos)

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Os apistos são peixes que fazem sucesso entre os aquaristas que já tem uma certa experiência com o aquarismo. Podem ser mantidos das seguintes maneiras :
-Em comunitários: vivem bem, porém não suportam ser incomodados. É bom embrar também que poucos peixes são compatíveis com os apistos. Normalmente peixes sul-americanos de pequeno porte são indicados.
-Em aquário para reprodução: coloca-se em um aquário o casal em questão, deve-se atender a todos os parâmetros ideais do peixe para obter sucesso na reprodução.
É notório lembrar que esses peixes (a fêmea) fazem buracos para reprodução, e isso pode prejudicar a estética do aquário.

Ciclídeos sul-americanos (Jumbo)

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Os ciclídeos americanos jumbo são peixes geralmente territoriais e devoram peixes menores que eles. O ideal é que sejam mantidos em lagos ou em aquários grandes apenas com peixes jumbo(de preferência americanos). São vorazes e brutos, por isso, o aquário não comporta muitos enfeites e plantas, apenas plantas de folhas grossas e pedras/troncos devem ser usados. Esses peixes também sofrem muito com a questão da incompatibilidade, pois são vendidos pequenos e, muitas vezes, comprados por iniciantes. Esses peixes são territorialistas, e o espaço deve ser de sobra para os habitantes do aquário.

Ciclídeos sul-americanos (discos e bandeiras)

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Esses peixes merecem uma atenção em especial, pois seus comportamentos não se enquadram totalmente em nenhuma das outras categorias.
-Discos: peixes muito sensíveis, devem ser atendidas todas as suas necessidades de qualidade da água. Gostam de viver em cardumes, e em lugares espaçosos. Aquários plantados são um bom habitat para eles. Para companhia, apenas tetras(nem todos) e alguns outros peixes são ideais. Os peixes limpadores são outro problema, apenas as coridoras podem conviver com discos, pois os outros atacam sua mucosa, causando sua morte.
-Bandeiras: parecem com os discos, exceto quanto a sensibilidade e quanto aos companheiros que podem estar com ele. Os bandeiras são extremamente territorialistas entre si, e quando se reproduzem, eles são agressivos com qualquer um que chegue perto. Por esses fatores, são recomendados cardumes com mais de 5 individuos(isso ajuda distribuir as brigas) e aquários grandes. Apreciam aquários plantados. Para sua companhia, peixes mais agüeis podem ser colocados, desde que não o incomodem, alguns tetras também ficam bem com bandeiras.



Outra alternativa : biótopos 


Alguns aquaristas, na esperança de dar o melhor aos seus peixes, montam aquários biótpos. Esses aquários tentam reproduzir na íntegra determinada região, tal como : um rio, um lago, etc. Para biótopos, são usadas apenas espécies de peixes e plantas contidas na região em questão, elém dos parâmetros da água e do paisagismo ideal. É uma exelente alternativa para quem já está a mais tempo no aquarismo.


Conclusão


Esse artigo é apenas um auxílio, porém, existem muitos outros peixes não mencionados aqui, e nada no aquarismo é uma regra. Tudo deve ser feito através de pesquisas e de troca de experiências. Para isso, existem fóruns de relacionamento e de pesquisa que servem como ferramenta para aquaristas. Além disso, uma das principais bases do aquarismo é a paciência. Não compre peixes só porque são bonitinhos ou coisa parecida. Pesquise se informe, e o seu aquarismo pode trazer muitos frutos bons.

Tempo de vida de um peixe

Curiosidade que eu e muitas pessoa tem é, “quanto tempo viverá meu peixe?” para isso fui a busca de algo sobree encontrei essa lista com a família e sua expectativa de vida. Mas lembrando que isso é só uma média e depende muito da qualidade do aquário, alimentação, criação e além do próprio peixe para seu tempo de vida.
Segue lista abaixo:

Ciprinideos (pequenos) 5-7 anos

barbo titéia / cereja
barbo rosa / conchônio
barbo sumatra / tigre
dânio gigante (malabaricus)
dânio leopardo
paulistinha / zebrinha (Brachidanio rerio)
taníctis

Peixes de fundo (catfish / pequenos) 5-8 anos

Banjo
Corydoras
peixe vidro (Kryptopterus)
Otocinclus (limpa vidro)

Peixes de fundo “couraçados” (grandes) 7-15 anos

cascudos (“plecos”)
Banjo
Raphael

Anabantoides pequenos 4 anos

Colisas
Betta

Anabantoides maiores 8 anos

Tricogasters
Beijador

Peciliideos 3-5 anos

Guppies
Platis
Mollies
Espadas
Lebiste

Ciprinodontideos 1-3 anos

Killifishes

Caracoides (Tetras pequenos) 3-5 anos

TetraNeon
TetraCardinal
TetraGlowline
Mato grosso
tetra cego mexicano
Rodóstomo
Borboleta

Caracoides (grandes) 5-10 anos

pacu
piranhas
cruzeiro do sul
anostomus
leporinus
etc

Botias 8-12 anos

Ciprinideos: “tubarões” e Labeos 4-10 anos

Bala Shark
Labeo negro
Labeo bicolor
Lebeo frenatus
etc
Ciclideos (Sulamericanos / grandes) 10-18 anos
nigrofasciatus
discos
boca de fogo
Jack Dempsey
oscar
severo
bandeira / escalar

Ciclideos (Sualmericanos, pequenos) 3-5 anos

ramirezi
apistograma
xadrezinho

Ciclideos (Africanos) 8-15 anos

Kenyii
Ps. Zebra
Frontosa

Ciprinideos grandes:

kinguios(japones) 10-50 anos
koi (carpas) 30-90 anos

Quantidade de Peixes em Aquário

Quantidade de Peixes
Uma das dúvidas mais frequentes quando se fala em aquarismo é até que ponto se pode povoar um aquário? Essa dúvida não é exclusiva dos iniciantes, mas sim de todos que cultivam esse Hobby. Então como determinar um valor exato, quando se trata de um assunto que pode definir o sucesso ou o fracasso de uma montagem? Realmente não é fácil e vários pontos devem ser considerados.

Muitos aquários são montados perfeitamente, com todos os equipamentos necessários e adequados, todos os testes, condicionadores, substrato, decoração, etc. Mas logo após inserir os peixes, o caos acontece: mortes prematuras, peixes com o corpo machucado, nadadeiras corroídas, peixes escondidos, peixes com cor apática, súbito aumento dos compostos nitrogenados, queda brusca de pH. Mas nem sempre os sintomas são tão visíveis, podendo agir de forma muito mais sutil: os peixes, simplesmente não atingem seu tamanho máximo, por exemplo. Tornam-se mais agressivos do que o normal e esperado.

Diversos aquaristas dizem que é uma decisão pessoal que cabe apenas ao próprio dono ter o bom senso de saber onde parar e quando. Porém, como definir o bom senso, principalmente pra quem está começando, portanto deslumbrado com as inúmeras espécies, cheias de cor e movimento?

Primeiro devemos desmistificar algumas coisas: 

Peixes crescem de acordo com o tamanho do aquário: geralmente o que vemos são peixes atrofiados, seja por limitação dos movimentos seja por envenenamento lento e contínuo por nitrato.

Basta seguir a regra de 1cm/litro: então se eu pegar um Oscar de 35cm posso colocá-lo em um aquário com volume de uns 35/40 litros? Não. O que deve ser levado em conta é a espécie que se pretende criar (tamanho, comportamento, capacidade de produzir dejetos, etc);

Vou comprar um peixe mesmo assim, quando ele crescer demais eu comprarei outro aquário: quem dera isso realmente acontecesse. Sabemos que, pelo menos a maioria de nós não temos condições financeiras de ficar trocando de aquário a cada 6 meses... Além do fato de que qualquer mudança estressa tanto os peixes como o aquarista.

Mas eu conheço um amigo que mantém peixes grandes em aquários pequenos e eles estão muito bem há um ano e poucos meses: outro ponto importante, é que as pessoas esquecem que a maioria dos peixes ornamentais vive muito, geralmente as espécies que tem a menor expectativa de vida vivem em média 2 ou 3 anos. Alguns vão de 8 a 12 anos, e existem outras que ultrapassam facilmente 20 anos. Então para um peixe que vive mais de 10 anos, o que significam 12 meses? Veja quantos anos a montagem deste seu amigo se mantém sem mortes e com peixes saudáveis e vigorosos.

Logo após refletirmos sobre os fatos acima, sempre devemos nos aprofundar ainda mais: então não é possível manter um grande número de peixes em um aquário considerado pequeno para suportar tal fauna? Não necessariamente. É possível montar e manter de 30, 40 ou 50 litros com mais de 10 ou 15 peixes, saudáveis e ativos. Claro que vai variar de espécie para espécie. Devemos levar em conta outros aspectos além dos simplesmente técnicos (restritos à medidas e volumes):

Estabilidade do Sistema: poucos peixes, que não excedam o adequado recomendável garantem uma maior estabilidade do sistema como um todo (parâmetros mais duradouros e alterações mais fáceis de serem percebidas e se necessário, corrigidas a tempo). Assim a manutenção fica mais facilitada, evitando transtornos. Porém não quer dizer que todo o aquário com peixes à mais vai ficar desestabilizado, e aí que entra o bom senso: Manter uns à mais pode ser perfeitamente possível, dependendo da espécie. Principalmente com os menores como Tetras, Poecilídeos, Dânios, barbos e Rásboras que não ultrapassem os 5 cm.

Maior espaço livre para nadar: os peixes dessa forma conseguem realizar “passeios” completos, exercitando ao máximo seus músculos e suas nadadeiras. Garante também um pleno desenvolvimento do peixe, que pode atingir e até superar o tamanho esperado. Mais uma vez devemos pensar e observar se os peixes estão conseguindo nadar livremente, sem impecílios. Caso perceba que já não é possível ao peixe nadar sem ter que desviar toda hora dos outros, hora de diminuir a população.

Tempo para descobrir novas espécies: quando se é iniciante (e quando não se é também), é muito fácil acharmos aquele peixe, o nosso preferido. Então logo o compramos em grande quantidade. Porém, passado algum tempo, surge na loja outra espécie que nos encanta, mas não poderemos comprar porque o aquário já está lotado daquele peixe que adquirimos primeiramente. E é por isso que ao comprarmos aos poucos os habitantes, damos tempo para que eventuais descobertas apareçam e possamos então adquiri-las, à nossa vontade. Mas esse ponto está mais relacionado a ansiedade e a falta de pesquisa mesmo, melhor sempre procurar por informações sobre quais peixes gostamos mais.

Primeiramente, devemos levar em conta apenas o tamanho do peixe já adulto, mesmo que ainda seja alevino. Também devemos levar em conta um acréscimo de 20 à 30% de água extra, afinal o aquário geralmente recebe substrato, equipamentos e demais itens que ocupam espaço. 

E em segundo as características dos peixes: Kinguios por exemplo, são muito sujões, poluem rapidamente a água. Então não devemos colocar muitos em um aquário, sempre através de uma regrinha que vem dando resultados bem positivos: de 100 à 150 litros de água para o primeiro Kinguio e de 40 à 60 litros à mais para cada um adicionado. Nesse caso o tamanho e a carga orgânica produzida por eles foram levados em conta.

Claro que como foi dito antes cada caso é um caso e é possível abrir exceções de acordo com situação. Cabe ao aquarista avaliar, baseado no que aprendeu sobre aquarismo responsável o que pode ser alterado.

Quanto maior é um aquário, maior a capacidade de abrigar um grande número de peixes. No caso do Óscar, para cada peixe o cálculo exige 280 litros, logo para um grupo de 5 seriam necessários 1.400 litros certo? Não!!! É possível manter perfeitamente bem e com conforto 5 peixes desta espécie em aquários com mais de 700 litros aproximadamente, talvez um pouco menos.

As medidas do tanque também devem ser observadas, para espécies altas como Acarás Bandeira e Acarás Disco, mais vale um aquário alto do que um muito comprido. Para espécies muito ativas como Paulistinhas e Barbos, por exemplo, vale muito mais um aquário comprido e baixinho do que o contrário. Nestes casos separados nota-se que o volume é importante, mas as dimensões são mais ainda e devem ser levadas em consideração na hora da escolha das espécies.

Percebe-se como é importante dar uma base ao aquarista para que a partir desse ponto ele possa raciocinar e descobrir como popular corretamente um aquário. Aquarismo consciente e responsável deve ser sempre a prioridade, sobrepondo-se aos simples desejos e caprichos do praticante do Hobby. Não é correto superpopular um tanque só porque você queria levar um exemplar de cada espécie que viu na loja, pondo em risco o bem-estar físico do animal, estressando-o e muitas vezes ceifando sua vida muito antes do que seria o ideal.

Assim como também não é correto adotar a quantidade que usamos em aquários plantados, que parece ser uma tendência chata. Como no aquário plantado o principal são as plantas, os peixes exercem função secundária, então sempre estarão em número muito baixo. E muitos aquaristas tomam esse conceito para aquários comuns. e um aquário comum, sem muitas plantas com poucos peixes é realmente uma coisa muito, mas muito sem graça.

Um aquário bonito, com peixes na medida, sadios e que vivam muito, proporcionam inúmeras alegrias e descobertas ao aquarista. Pensem bem antes de escolher a fauna que povoará por muitos anos seu aquário

sábado, 23 de março de 2013


Especies de peixes Ornamentais

Peixe Beta Macho

Japones Oranda

Japones Comum

Molinesia Abobora

Molinesia Negra

Paulistinha Rosa

Paulistinha Verde

Acará Bandeira Marmorato

Espada Sangue

Molinesia Bianca

Platy Mickey Mouse

sexta-feira, 22 de março de 2013


Desmatamento e extinção de espécies
Fonte do artigo: Anglo e Mato Grosso Online
Desmatar leva à destruição dos ecossistemas e à extinção das espécies que neles vivem. A Ciência identificou até hoje cerca de 1,4 milhões de espécies biológicas. Desconfia-se que devam existir mais de 30 milhões, ainda por identificar, a maior parte delas em regiões como as florestas tropicais úmidas. Calcula-se que desaparecem 100 espécies, a cada dia, por causa do desmatamento!

O crescimento das populações humanas aumenta terrivelmente a gravidade dos problemas que a Terra já enfrenta. Eis alguns deles:
 
 
1- Cervo-do-pantanal: Animal dócil e grandalhão, torna-se um alvo fácil para os caçadores em busca de sua galhada, usada como decoração.


2- Onça-pintada:Encontrada no Pantanal, desaparece da região devido à caça indiscriminada. Sua pele tem cotação em dólares no mercado internacional.

3- Mono-carvoeiro ou Muriqui: O maior macaco do Brasil. É originário da Mata Atlântica. Atualmente restam apenas cerca de cem destes animais no estado do Rio de Janeiro.

4- Pica-pau-de-cara-amarela: Os poucos sobreviventes vivem nas matas gaúchas. Com o desmatamento, perde sua principal fonte de alimentação, as sementes das árvores.


5-  Ararinha-azul: Cobiçada no mercado internacional por sua plumagem. Há apenas cerca de cinqüenta desses animais, vivendo no Piauí e na Bahia.


6- Mutum-do-nordeste: Os últimos exemplares desta ave vivem hoje no litoral de Alagoas. Alguns biólogos estão tentando reproduzir essa ave em cativeiro, para garantir a sobrevivência da espécie.


7- Mico-leão-dourado: Com a redução da Mata Atlântica, perdeu seu hábitat natural. Restam algumas centenas na reserva de Poço das Antas, no estado do Rio de Janeiro.

8- Tartaruga-de-couro: Cada vez mais rara no litoral brasileiro. Sua carne saborosa e seus ovos são disputados pelos pescadores do país.


 Brasil tem mais de 600 espécies de animais ameaçadas de extinção 
Brasília - O Ministério do Meio Ambiente lançou hoje (4) um livro com mais de 600 espécies de animais ameaçados de extinção.

A publicação, chamada de Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, foi elaborada em parceria com a Fundação Biodiversitas.

De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a primeira lista de animais em extinção, feita em 1989, continha 218 espécies ameaçadas, enquanto no livro lançado hoje estão contabilizadas 627 espécies.

A lista anterior, no entanto, não incluía os peixes, que fazem parte da relação atual.
Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participa do lançamento do  Livro Vermelho das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção
Brasília - O ministro do Meio Ambiente,
Carlos Minc, participa do lançamento do Livro
Vermelho das Espécies da Fauna Brasileira
Ameaçadas de Extinção - Antonio Cruz/ABr
"Temos que correr atrás do prejuízo criando novas unidades de conservação, defendendo o habitat dessas espécies, defendendo sua cadeia alimentar, fazendo mais pesquisa, em suma, combatendo a degradação desenfreada", afirmou o ministro.

Entre os biomas que têm o maior número de espécies ameaçadas estão em primeiro lugar a Mata Atlântica, seguida do cerrado e da zona costeira e marítima. Para reverter esse quadro o ministro afirmou que é necessário criar corredores de proteção, combatendo o tráfico e fazendo campanhas nas escolas.

Minc quer que cada unidade de conservação ambiental tenha um exemplar do livro vermelho e disse que vai conversar com o ministro da educação, Fernando Haddad, para que a publicação também seja distribuída nas escolas da rede pública.